Levedura nutricional e saúde

Conheça os benefícios para a saúde desse super alimento

Levedura nutricional: um suplemento rico em nutrientes e benefícios para a saúde

Na produção dos suplementos de levedura nutricional, a Saccharomyces cerevisiae é a espécie usualmente empregada. Inúmeras cepas constituem essa “família” de fungos, muito utilizada em produtos alimentícios obtidos a partir de processos de fermentação, como pães e cervejas. Como superfood, utiliza-se a sua forma inativa, que não induz fermentação mas apresenta uma série de benefícios à saúde. Devido à sua elevada concentração de proteínas, vitaminas do complexo B, cromo orgânico, beta glucana e mananoligossacarídeos, pode exercer:

  • Propriedades probióticas, enriquecendo a microbiota e protegendo o trato gastrointestinal contra uma série de condições inflamatórias;
  • Efeitos na melhora da glicose em jejum, metabolismo de lipídios e pressão arterial em pacientes diabéticos, devido à presença de uma forma mais biodisponível de cromo;
  • Modulação do sistema imune inato, com benefícios para indivíduos que sofrem com infecções do trato respiratório e sintomas alérgicos.

O local chave de atuação: intestino!

A respeito da função probiótica, é preciso ressaltar que na lista dos microrganismos que, quando ingeridos na dose adequada, são capazes de colonizar o intestino e trazer benefícios ao seu hospedeiro, não nos referimos apenas a bactérias. Leveduras também fazem parte do universo da microbiota, com importância fundamental para manter o equilíbrio da função intestinal.

Na verdade, esse tipo de microrganismo, as leveduras, apresentam uma vantagem importante em relação às bactérias probióticas: elas são resistentes à antibióticos – o que lhes confere resiliência mesmo durante o uso desse tipo de medicação, que costuma destruir grande parte da microbiota intestinal causando diarréias. Apesar de possuir tal resistência, elas não fazem troca de material genético com espécies bacterianas patogênicas que podem adentrar o organismo, evitando a propagação dessa resistência.

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Muito do que sabemos dos mecanismos probióticos dessa levedura ainda são resultados de trabalhos pré-clínicos, mas os achados são promissores. Algumas das ações atribuídas são: capacidade de neutralizar patógenos e toxinas bacterianas, reduzir citocinas pró inflamatórias envolvidas em condições intestinais inflamatórias e estimular a proliferação dos enterócitos, garantindo a renovação tecidual do intestino.

As fibras e as repercussões metabólicas

O grande sítio de atuação da levedura inativa é no intestino, pois a presença de beta glucana e mananoligossacarídeos complementa o aporte de fibras na alimentação. Alimentos que ofertam fibras de maneira significativa entram na lista de superfoods pois esses nutrientes apresentam funções que repercutem positivamente em todo o funcionamento orgânico e metabólico, como no metabolismo da glicose, no perfil lipídico e no controle do peso, devido ao seu efeito de aumento da saciedade.

Além de garantirem adequado comportamento do trato gastrointestinal, com melhora da motilidade, secreções digestivas, digestão e absorção, o que por si só já está relacionado à melhora do humor, também se relacionam com um perfil mais favorável de microbiota. São também o substrato utilizado para a síntese dos ácidos graxos de cadeia curta, originados a partir da fermentação por certas espécies de bactérias intestinais.

Não perca a oportunidade de aprender sobre esse superfood e elevar o nível das suas prescrições, entregando ainda mais saúde para os seus pacientes! 

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Referências bibliográficas

Jia LL, Brough L, Weber JL. Saccharomyces cerevisiae Yeast-Based Supplementation as a Galactagogue in Breastfeeding Women? A Review of Evidence from Animal and Human Studies. Nutrients. 2021 Feb 25;13(3):727. doi: 10.3390/nu13030727.

Palma, M. L., Zamith-Miranda, D., Martins, F. S., Bozza, F. A., Nimrichter, L., Montero-Lomeli, M., … Douradinha, B. (2015). Probiotic Saccharomyces cerevisiae strains as biotherapeutic tools: is there room for improvement? Applied Microbiology and Biotechnology, 99(16), 6563–6570. doi:10.1007/s00253-015-6776-x

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