O que é a palatinose?

Conheça melhor esse carboidrato tão falado!

Conhecendo melhor a palatinose

A Isomaltulose, conhecida também como palatinose, é um tipo de carboidrato. Formada por glicose e frutose, conectadas por uma ligação glicosídica alfa -1,6, a palatinose apresenta um baixo valor de índice glicêmico, sendo benéfica para o uso preventivo e terapêutico de diabetes e problemas no metabolismo da glicose. Para ser absorvida pelas células intestinais, passa pela hidrólise via complexo enzimático sucrase-isomaltase. Como acontece de forma lenta, a sua absorção também é mais devagar, entretanto, é completa, tendo em vista que as enzimas que realizam sua quebra localizam-se na membrana tipo escova do intestino – ou seja, é digerida no mesmo local de absorção. 

E por que fala-se tanto nesse carboidrato?

Alimentos com baixo índice glicêmico popularizaram-se devido ao efeito benéfico que tem no que diz respeito à glicemia e tudo que é consequência dela. Como causam uma elevação menor e mais gradual da glicose no sangue, acabam refletindo em uma menor secreção de insulina, o que explica seu uso terapêutico no contexto da diabetes. Em um estudo com indivíduos diabéticos, a introdução de uma fórmula à base de palatinose no café da manhã, durante 5 meses, foi capaz de reduzir parâmetros associados a problemas no metabolismo da glicose, como a hemoglobina glicada.

Indo além, por suprimir a liberação excessiva de insulina, esse carboidrato também é interessante no contexto da perda de peso. Com as demais variáveis dietéticas ajustadas é possível manter um maior e mais constante estímulo para a lipólise, potencializando o emagrecimento e a eficiência metabólica.

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O principal uso da palatinose é para substituir o açúcar, apesar de ter apenas metade do seu poder adoçante. Apresenta gosto e aparência bastante similar à sacarose, mas suas repercussões metabólicas são mais favoráveis. Possui ainda outras vantagens em relação à adoçantes tradicionais muito utilizados pela população e pela indústria de forma geral: não apresenta potencial carcinogênico; por ser completamente hidrolisada e os monossacarídeos resultantes completamente absorvidos, reduz a fermentação intestinal e os gases, além de apresentar boa tolerância gastrointestinal.

Por ser um tipo de carboidrato, o principal substrato energético utilizado durante exercícios, especialmente os de endurance, sua utilização no meio esportivo também ganhou fama. Um dos principais motivos é o fato de que, devido à sua taxa de absorção mais controlada, provoca menores flutuações glicêmicas, o que tende a refletir positivamente na performance.

É para diabéticos e indivíduos saudáveis também!

Os estudos que buscaram avaliar os efeitos e a segurança da palatinose foram feitos tanto em indivíduos com diabetes ou outros problemas no metabolismo da glicose, assim como em indivíduos saudáveis, com resultados positivos em ambas as populações.

É válido dizer que uma análise retrospectiva feita por pesquisadores alemães dos dados de voluntários saudáveis sugeriram que diferenças na microbiota entre os indivíduos podem afetar o metabolismo da palatinose. Dessa forma, algumas pessoas podem responder menos ou mais à substituição do açúcar por esse carboidrato. Porém, considerando os efeitos positivos de uma alimentação com baixa carga glicêmica, a troca é benéfica e encorajada.

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Referências bibliográficas

König, D., Theis, S., Kozianowski, G., & Berg, A. (2012). Postprandial substrate use in overweight subjects with the metabolic syndrome after isomaltulose (Palatinose™) ingestion. Nutrition, 28(6), 651–656. doi:10.1016/j.nut.2011.09.019

Sakuma M, Arai H, Mizuno A, Fukaya M, Matsuura M, Sasaki H, Yamanaka-Okumura H, Yamamoto H, Taketani Y, Doi T, Takeda E. Improvement of glucose metabolism in patients with impaired glucose tolerance or diabetes by long-term administration of a palatinose-based liquid formula as a part of breakfast. J Clin Biochem Nutr. 2009 Sep;45(2):155-62. doi: 10.3164/jcbn.09-08. Epub 2009 Aug 28. 

Lina, B. A. R., Jonker, D., & Kozianowski, G. (2002). Isomaltulose (Palatinose®): a review of biological and toxicological studies. Food and Chemical Toxicology, 40(10), 1375–1381. doi:10.1016/s0278-6915(02)00105-9

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