A palatinose funciona como adoçante?

Descubra se você pode usar esse carboidrato como substituto do açúcar

É possível substituir o açúcar pela palatinose?

Sim! A palatinose funciona como adoçante e pode ser utilizada para substituir o tradicional açúcar de mesa, a sacarose. Os substitutos ao açúcar, inicialmente, eram indicados como alternativa para pacientes diabéticos ou em risco de desenvolver a doença. À medida que aumentou a compreensão sobre os impactos negativos do açúcar para a saúde metabólica de uma forma geral, a busca por substitutos aumentou consideravelmente. Indo além das calorias, a secreção excessiva de insulina que é causada pelo consumo do açúcar também prejudica a perda de peso, e com uma população que luta cada vez mais contra a balança, encontrar opções ao açúcar tornou-se imperativo.

Nesse cenário, começaram a ser criados os adoçantes químicos, com poder adoçante igual ou superior ao da sacarose – o que significa que são capazes de adoçar da mesma forma os produtos e alimentos, mas em uma quantidade menor do que seria necessário de açúcar. Além disso, apresentavam a vantagem de não ter calorias e nem o mesmo impacto prejudicial na glicemia. Características organolépticas como textura e cor também foram consideradas, para garantir boa aceitação do público. A questão é que, devido a sua natureza química e artificial, mesmo com estudos de segurança, muitos dos adoçantes criados começaram a demonstrar outros impactos negativos para a saúde, principalmente porque, por não terem calorias, muitas pessoas acabam “pesando a mão” no consumo.

Palatinose: uma alternativa mais saudável

Depois que a busca por substitutos ao açúcar se tornou imperativa, percebeu-se que era preciso ir além e buscar opções que, além de adoçar, também não causassem prejuízos ao funcionamento metabólico. A palatinose surge então como uma possibilidade interessante nesse contexto: trata-se de um isômero da sacarose que, apesar de possuir apenas metade do seu poder adoçante, é considerado um carboidrato de baixo índice glicêmico, causando uma resposta menos intensa da insulina, e apresenta características organolépticas similares ao açúcar tradicional. 

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Estudos atestam a segurança de seu uso em seres humanos, não tendo sido encontrados efeitos embriotóxicos, teratogênicos ou mutagênicos. Além disso, possui uma boa tolerância gastrointestinal, pois os dois monossacarídeos que formam uma molécula de palatinose (glicose e frutose) são completamente absorvidos.

Dessa forma, a palatinose, além de poder sim substituir o açúcar, é considerada como uma das opções mais saudáveis, sendo apontada por alguns autores como a “substituição ideal” ao açúcar. O título se deve ao seu efeito positivo na resposta glicêmica e, consequentemente, na liberação de insulina, tendo em vista que causa um aumento mínimo da glicose sanguínea. Isso tem encorajado pesquisadores a procurar maneiras de superar o menor poder adoçante da palatinose, criando adoçantes a base desse dissacarídeo com estruturas químicas que tenham maior doçura.

Referências bibliográficas

Lina, B. A. R., Jonker, D., & Kozianowski, G. (2002). Isomaltulose (Palatinose®): a review of biological and toxicological studies. Food and Chemical Toxicology, 40(10), 1375–1381. doi:10.1016/s0278-6915(02)00105-9 

Jang J, Jo K, Hong KB, Jung EY. Animal and Clinical Studies Evaluating Blood Glucose Control With Palatinose-Based Alternative Sweeteners. Front Nutr. 2020 Apr 28;7:52. doi: 10.3389/fnut.2020.00052.

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