Um dos papéis mais importantes da suplementação do ômega 3 para crianças, sem sombra de dúvidas, refere-se a seu papel no desenvolvimento cerebral. O ácido araquidônico (AA) e o ácido docosahexaenóico (DHA), são essenciais para o crescimento cerebral e desenvolvimento cognitivo, sendo que também acumulam-se rapidamente no cérebro e na retina durante os estágios posteriores da gestação e no início da vida pós-natal.
Durante a gravidez, AA e DHA são transportados através da placenta para o sangue venoso fetal, assim a nutrição na gravidez tem uma influência significativa no desenvolvimento fetal. Desse modo, os principais efeitos de níveis mais elevados de ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 durante a gravidez estão associados ao desenvolvimento de tecidos cerebrais e nervosos durante o período de acreção intrauterina.
Também, existem alguns achados muito interessantes na literatura. Tais resultados indicam o desempenho inferior das crianças em testes de QI verbal e de desempenho aos 8 anos, além de problemas comportamentais aos 7 anos e pontuações mais baixas nos testes de desenvolvimento inicial avaliando habilidades motoras finas, habilidades sociais e habilidades de comunicação, nas crianças com mães que consumiram poucos frutos do mar durante a gravidez.
Resultados semelhantes foram observados em um estudo randomizado e duplo-cego realizado em mulheres que foram suplementadas com óleo de fígado de bacalhau ou placebo durante a gravidez e lactação. As crianças nascidas de mães suplementadas com óleo de fígado de bacalhau tiveram uma vantagem de 4% nos resultados do estudo. Portanto, a suplementação de ômega 3 ao desenvolvimento cerebral parece ser uma estratégia nutricional muito interessante.
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Referências bibliográficas
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