Metabolismo lento? O que isso tem a ver com a composição corporal?

Uma das principais condições que as pessoas costumam atribuir à dificuldade de perder peso é a existência de um “metabolismo lento”. Vamos usar uma analogia para começar a entender o ponto no qual queremos chegar: o corpo humano funciona como uma máquina (metabolismo) e precisa de combustível (alimentos) para funcionar adequadamente. No entanto, quando existe um excesso de combustível, a máquina não consegue assimilá-lo com a mesma eficiência e perde sua capacidade total de funcionamento. Se não está funcionando muito bem, não gasta a energia como antes, e é justamente esse o momento que surge o tal do metabolismo lento: quando o corpo não utiliza a energia que entra com a mesma eficiência, e muito dela começa a ser estocada, especialmente na forma de gordura. Estamos falando, basicamente, de um organismo com um baixo gasto energético total, que tem muito mais tendência ao acúmulo do que ao dispêndio de energia.

 Com essa analogia já deu para perceber uma certa relação entre metabolismo e composição corporal, certo? Pensando na composição corporal, vamos nos ater aos músculos e à gordura. Apesar destes não serem os únicos componentes do nosso corpo, são os que têm maior impacto quando a questão é o metabolismo.

A gordura corporal é encontrada principalmente no tecido adiposo, que está presente por todo o corpo. Falar em gordura já costuma assustar, mas é preciso ter em mente que esse tecido tem importância no funcionamento metabólico, e o problema está quando sua quantidade ultrapassa os limites considerados saudáveis. Quando isso acontece, estamos falando de um tecido que acumula cada vez mais gordura e vai tomando uma natureza cada vez mais inflamatória. Inflamação não combina com metabolismo eficiente porque é uma condição de estresse para o corpo, e prejudica várias de suas funções. Por ser um tecido de estoque, em excesso, sobrecarrega o organismo além de não realizar gasto de energia.

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Os músculos, por sua vez, gastam muita energia. Para construir músculos, é necessário construir proteínas, ou seja, gasto de energia. Mas para simplesmente manter a quantidade de massa muscular já existente, também há gasto de energia. Esses motivos justificam o fato dos músculos serem considerados “metabolicamente ativos”: eles aumentam o gasto energético total do corpo e deixam o metabolismo mais eficiente.

Com essas informações, podemos chegar a uma conclusão importante: níveis elevados de gordura estão associados com metabolismos mais lentos, enquanto quantidades elevadas de músculos aumentam o gasto energético do corpo e, consequentemente, aceleram o metabolismo. Logo, uma maneira bastante saudável de aumentar o metabolismo é promovendo o ganho de massa muscular. Esse tecido ainda é capaz de produzir substâncias anti-inflamatórias e deixar o corpo mais sensível à ação da insulina, trazendo ainda mais eficiência metabólica.

Uma rotina regular de exercícios e consumo proteico nas necessidades adequadas, advindos de fonte proteica com boa digestibilidade e biodisponibilidade são pontos essenciais para construir músculos. As pesquisas sobre esse ganho mostram que o uso de suplementações proteicas com aminograma rico e completo após o treino dão um suporte ainda maior para esse processo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Longo, M., Zatterale, F., Naderi, J., Parrillo, L., Formisano, P., Raciti, G. A., … Miele, C. (2019). Adipose Tissue Dysfunction as Determinant of Obesity-Associated Metabolic Complications. International Journal of Molecular Sciences, 20(9), 2358. doi:10.3390/ijms20092358

Frontera, W. R., & Ochala, J. (2014). Skeletal Muscle: A Brief Review of Structure and Function. Calcified Tissue International, 96(3), 183–195. doi:10.1007/s00223-014-9915-y

Deldicque, L. (2020). Protein Intake and Exercise-Induced Skeletal Muscle Hypertrophy: An Update. Nutrients, 12(7), 2023. doi:10.3390/nu12072023

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