O beta-hidroxibutirato (BHB) é talvez o principal metabólito do TCM, sendo o corpo cetônico mais ativo no nosso organismo. Como vimos anteriormente, o BHB é liberado na circulação para que alcance tecidos periféricos e seja utilizado como fonte de energia, o que pode ser muito benéfico tanto para a saúde, quanto para as adaptações promovidas pelo exercício, como veremos a seguir.
BHB e Saúde Intestinal
No intestino, a partir do fornecimento energético para o colonócito, este corpo cetônico atua nas seguintes frentes:
- Exerce efeito protetor da microbiota intestinal;
- Atua como anti-inflamatório e antioxidante;
- Regula o sistema imunológico;
- Regula a motilidade intestinal;
- Fortalece a barreira de muco protetor;
- Previne doenças como Colite Ulcerativa, Doença de Crohn e Câncer de Cólon.
Performance Esportiva
No contexto esportivo, os corpos cetônicos são oxidados como fonte de energia durante o exercício, onde a capacidade de utilização destes é maior no músculo esquelético de indivíduos treinados. O uso de corpos cetônicos é capaz de alterar a predominância de uso de vias metabólicas específicas, neste caso, atenuando a oxidação de glicose e também a proteólise no músculo esquelético.
A ingestão de TCM facilita o uso de BHB, suplementação na qual resulta em cetose sem a necessidade de padrões alimentares restritivos, principalmente em carboidratos.
Os estudos sugerem que esta estratégia interfere positivamente nas respostas de adaptação ao exercício, estimulando a biogênese mitocondrial, além de aumentar a oxidação de triglicerídeos armazenados dentro do próprio músculo. Essas adaptações estão relacionadas a melhora do desempenho. Ainda, existem outras evidências que sugerem o papel do BHB, mediado pelo uso de TCM, na melhora da recuperação pós-exercício, sendo este efeito observado de forma indireta.
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Referência Principal: EVANS, Mark; COGAN, Karl E.; EGAN, Brendan. Metabolism of ketone bodies during exercise and training: physiological basis for exogenous supplementation. The Journal of physiology, v. 595, n. 9, p. 2857-2871, 2017.