No texto conversaremos com você para te contar junto as quais exercícios a suplementação da creatina funcionaria melhor: seria um exercício de alta intensidade e curta duração, baixa intensidade e duração prolongada, ou ambos?
Variáveis a serem analisadas
Para começar, algumas das variáveis que podem te dizer os melhores exercícios nos quais a suplementação da creatina tende a funcionar melhor, é qual a via energética predominante na atividade realizada. Neste ponto, nos exercícios de alta intensidade e curta duração, ou seja, com o predomínio da via da ATP-CP, a suplementação da creatina pode ser mais bem aproveitada pois o seu principal mecanismo de ação, a via ressíntese do ATP, estará diretamente sendo requisitado.
Também, o tipo de fibras musculares, a idade, a dieta, são outras variáveis que devem ser levadas em conta. Neste tópico, atividades que precisem mais das fibras musculares do tipo II, nas quais possuem menos mitocôndrias e assim, são de contração rápida e mais recrutadas em modalidades esportivas ou momentos da competição de alta intensidade e de curta duração, como em uma série do treino de força, uma prova de 100 metros rasos ou um sprint de um jogador de futebol.
Desse modo, é esperado que o indivíduo com superior concentração e área da secção transversa muscular composta por fibras do tipo II, responda mais favoravelmente a suplementação da creatina. Como justificativa, este superior requerimento das fibras musculares do tipo II em comparação às do tipo I, é também devido a predominância de atividade da via ATP-CP nesta fibra muscular, como o que acontece com o treinamento de força com altas cargas, o atletismo ou a natação em provas mais curtas, o MMA e um lateral ou um atacante de futebol, sendo esses alguns dos atletas e modalidades que podem tirar mais proveito dos efeitos da creatina. Porém, isso não quer dizer que outras modalidades esportivas ou atletas não precisem deste composto nitrogenado, assunto que vamos abordar no próximo parágrafo.
Particularidades dentro de uma mesma modalidade
Um fato que você deve se lembrar é que em nenhum exercício físico, haverá a exclusividade de uma via metabólica, mas sim a predominância em alguns momentos de uma via sobre a outra. O que quero dizer é o seguinte: um maratonista, mesmo na maioria da prova a sua fonte energética de ATP sendo a beta-oxidação dos ácidos graxos ou a glicólise ou glicogenólise, podem ter momentos que o mesmo precise dar um sprint final até a linha de chegada, ou para ultrapassar um competidor. Nestes momento, a via da ATP-CP tende a se destacar e assim, se o atleta estiver com o conteúdo adequado ao momento de creatina muscular, pode se beneficiar da mesma.
Portanto, mesmo sendo mais evidentes os seus efeitos em atletas de modalidades de alta intensidade e curta duração, pode ser interessante para praticamente todas as modalidades esportivas, como o futebol, o handebol, o basquete e a natação. Porém, fica a ressalva às modalidades que requerem que o atleta alcance um peso específico para competir ou uma composição corporal mais precisa ao momento, como o MMA e o fisiculturismo. Nestes esportes, o consumo da suplementação pode não ser interessante se feita ao curto prazo e sem o devido planejamento ao atleta, mas sobre este tema, vamos aprofundar mais em outro post aqui do Blog, ok?
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Até a próxima!
Referências bibliográficas: KREIDER, Richard B. et al. International Society of Sports Nutrition position stand: safety and efficacy of creatine supplementation in exercise, sport, and medicine. Journal Of The International Society Of Sports Nutrition, [S.L.], v. 14, n. 1, p. 1-27, 13 jun. 2017.