Exercícios de longa duração e a palatinose.
Durante os exercícios de alto volume e menor intensidade, os carboidratos e lipídios são os principais substratos energéticos. No âmbito da periodização nutricional, existem diferentes estratégias a serem trabalhadas pensando em aumentar a eficiência com que se oxida as gorduras.
Por outro lado, quando falamos em performance, os carboidratos são indispensáveis. Já aprendemos nos posts anteriores que os estoques de glicogênio são limitados e dependentes do estado nutricional do indivíduo, reforçando a importância das estratégias nutricionais.
Abastecimento Durante o Exercício
Os exercícios de longa duração são suficientes para depletar completamente os estoques de glicogênio, e para manter a performance, comumente existe o consumo de bebidas ricas em eletrólitos e carboidratos durante o exercício. Com isso, existem algumas opções de bebidas e suplementos no mercado que atuam diretamente nesse processo, vamos conhecer uma delas:
Palatinose nos exercícios de longa duração
A isomaltulose, mais conhecida como palatinose, é um dissacarídeo composto por uma molécula de glicose e outra de frutose, associadas por uma ligação química denominada a-1,6, que passa por um processo de hidrólise um pouco mais complexo nas membranas dos enterócitos, o que resulta em uma absorção mais lenta.
Qual o mecanismo?
O princípio de utilização da palatinose nos exercícios de longa duração, ou seja, no endurance, parte da ideia de que devido às suas propriedades absortivas, os estoques de glicogênio seriam poupados e as gorduras seriam predominantemente utilizadas como substrato energético.
Recentemente, foi publicado um estudo, no qual os principais achados mostraram que a palatinose foi eficiente em termos de oxidação de gorduras e equilíbrio glicêmico, atenuando os efeitos da hipoglicemia de rebote induzida pelo exercício.
REFERÊNCIA
KÖNIG, Daniel et al. Substrate utilization and cycling performance following Palatinose™ ingestion: a randomized, double-blind, controlled trial. Nutrients, v. 8, n. 7, p. 390, 2016.