Efeitos da creatina no metabolismo da glicose

Uma das doenças que mais acometem pessoas no mundo hoje em dia é a Diabete Mellitus tipo II (DM2), na qual é uma síndrome que leva o paciente ao estado de hiperglicemia devido a diminuição da secreção pancreática de insulina ou a falha na cascata de sinalização que envolve seu receptor no músculo esquelético e no fígado. Para atenuar a severidade deste quadro, o exercício físico e a mudança dos hábitos alimentares são estratégias com um robusto corpo de evidências científicas a respeito. 

Ademais, para complementar este tratamento ou atuar de modo auxiliar na prevenção, a suplementação da creatina é uma estratégia na qual será o tema do post de hoje aqui no Blog, mas em um ponto de vista que talvez você ainda não conhecia: seu papel no metabolismo glicídico.

Efeitos e mecanismos principais

Esse quadro explicado brevemente acima, leva ao que chamamos de resistência à insulina, ou seja, a sua ação é prejudicada e isso leva ao estado hiperglicemiante dessa síndrome. Neste ponto, estudos apontam que a creatina poderia auxiliar na prevenção ou aliviar essa condição de resistência insulínica, podendo atuar no retorno à homeostasia glicídica e promoção de um estado menos hiperglicemiante, por três mecanismos distintos. Sobre o tema, de forma sucinta, a suplementação de creatina leva ao aumento da translocação do transportador de glicose GLUT4 para a membrana, a fim de consequentemente usar a glicose como uma fonte de energia, reduzindo assim a glicemia sanguínea.

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Outro meio possível é através da estimulação AMPK, que é uma enzima que funciona como um sensor de energia às vias catabólicas, sendo um dos possíveis indutores da oxidação de glicose e dos ácidos graxos. Também, saiba que a suplementação da creatina pode ainda dispor de um provável efeito na capacidade de secreção de insulina, o que aumenta as concentrações de insulina no sangue, que logo estimula o substrato do receptor de insulina (IRS) e ativa a proteína Akt, levando à translocação de GLUT para a membrana plasmática e a atenuação da glicemia sanguínea.

Para finalizar o texto de hoje, outro efeito possível é por meio da maximização do desempenho no exercício físico, ou seja, através do seu efeito ergogênico leva devido ao aumento do desempenho no exercício, ao aumento da translocação e ativação do GLUT e da AMPK, melhorando a sensibilidade à insulina.

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Referências bibliográficas: Pinto, C.L., Botelho, P.B., Pimentel, G.D. et al. Creatine supplementation and glycemic control: a systematic review. Amino Acids 48, 2103–2129 (2016).

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